Minuanos
Os Minuanos, também chamados guenoas ou guenoas-minuanos, eram índios patagônicos habitantes do sudoeste do estado do Rio Grande do Sul, bem como do nordeste Argentino (Entre Rios) e noroeste Uruguaio. Possui parentesco direto com outros grupos que juntos compõe uma macro etnia Charrua. Os Minuanos são considerados como sendo os Charruas setentrionais.[5]
Minuanos |
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Pintura de Jean-Baptiste Debret (1768-1848) retratando um membro da macro etnia Charrua, a qual pertencem os Minuanos |
População total |
Uruguai 159,319 (2011)[1]; ou 5% da população total segundo o último censo censo[2] |
Regiões com população significativa |
Línguas |
Charrúa |
Religiões |
Animismo |
Grupos étnicos relacionados |
Charruas, Yaros, Boháns, Kaigang |
Um de seus lugares sagrados é o morro Ibití, próximo ao rio Arapey, e um de seus cemitérios fica no morro Yauguá, província de Rio Negro, ambos no Uruguai. Seu nome "Minuano" nomeou o vento forte vindo do sudoeste, frio e cortante, que sopra no Rio Grande do Sul, depois das chuvas de inverno.[carece de fontes] Entre os guenoas-minuanos e outros da macro-etnia charrua havia um permanente estado de guerra, com o extermínio de prisioneiros[6].
Na época da chegada dos conquistadores espanhóis à sua região, inicialmente receberam separadamente o nome de "Minuanos" na Argentina e de "Guenoas" no Rio Grande do Sul, por Jesuitas e antigos cronistas espanhóis e portugueses.[7][8]
O estabelecimento dos europeus na costa do Rio da Prata levou ao deslocamento dos Charruas para o norte, espalhando-os do sudeste gaúcho em direção ao leste até o oceano Atlântico. Existem vestigios minuanos como toldos e cerritos em toda metade sul gaúcha[9].
Em 1730, aliaram-se a outras etnias charruas, havendo aí referências a ambas as denominações para o mesmo grupo. Já nas guerras contra os espanhóis, aliaram-se aos portugueses. O reforço da unidade com outros grupos da macro etnia Charrua durante as últimas etapas da colonização conformou uma maior unidade étnica entre todos simplesente como "Charrúas", contribuiu para a confusão entre os termos "Charrua", "Minuanos" e "Guenoas".
Ver também
editarReferências
- ↑ «Uruguay en crigras» (PDF) (em espanhol). Consultado em 19 de novembro de 2017
- ↑ https://elpais.com/elpais/2017/10/13/planeta_futuro/1507902270_613238.html
- ↑ «Censo Nacional de Población, Hogares y Viviendas 2010» (PDF) (em espanhol). 2010. Consultado em 23 de maio de 2017. Cópia arquivada (PDF) em 9 de abril de 2016
- ↑ «Quadro Geral dos Povos - Povos Indígenas no Brasil». pib.socioambiental.org. Consultado em 26 de novembro de 2018
- ↑ Renzo Pi Hugarte. «Aboriginal blood in Uruguay» (em espanhol). Raíces Uruguay. Consultado em 2 de fevereiro de 2015
- ↑ (PDF) https://www.mna.gub.uy/innovaportal/file/20809/1/bracco_d._2004._los_errores_charrua_y_guenoa-minuan.pdf Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ «Los errores charrua y guenoa-minuan» (PDF). www.mna.gub.uy. Consultado em 1 de janeiro de 2019
- ↑ Nahson, Diego Bracco (2004). «Los errores Charrúa y Guenoa-Minuán». Jahrbuch für Geschichte Lateinamerikas = Anuario de Historia de América Latina ( JbLA ) (41): 117–136. ISSN 2194-3680
- ↑ https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/12/expedicao-encontra-novos-vestigios-dos-minuanos-os-indigenas-do-pampa.shtml Em falta ou vazio
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(ajuda)
Bibliografia
editar- Enciclopédia Rio-Grandense , I Volume- Ed Sulina, 1968. ( Porto Alegre)
- El Charrua, Serafin Cordero . Ed Mentor, 1960 (Montevideo)
- Folha de Sao Paulo. 31 dez 2019