Batalha de Passo Fundo
Batalha de Passo Fundo | |||
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Revolução Federalista | |||
Data | 27 de junho de 1894 | ||
Local | Distrito de Pulador, Passo Fundo, Rio Grande do Sul | ||
Desfecho | Vitória republicana | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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A Batalha de Passo Fundo ou Batalha do Pulador foi um combate ocorrido em 27 de junho de 1894, durante a Revolução Federalista (1893-1895), no hoje distrito de Pulador, município de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, entre as forças federalistas, também chamados Maragatos, e os republicanos, também chamados de Pica-paus ou Legalistas.[4]
Histórico
[editar | editar código-fonte]Após a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, ocorreram dissensões políticas na recém-criada Federação. No estado gaúcho as diferenças se deram entre os federalistas de Gaspar Silveira Martins, conhecidos como Maragatos, e os republicanos de Júlio de Castilhos, conhecidos como Pica-paus, que culminaram na eclosão do movimento revolucionário.
Na tomada de Bagé pelo Coronel Arthur Oscar, enviado de Júlio de Castilhos, os Maragatos deixaram suas famílias e seguiram ao Uruguai, retornando ao Rio Grande do Sul em 1893, pelas colunas comandadas por Gumercindo Saraiva, antigo delegado de polícia.[5][6]
A batalha
[editar | editar código-fonte]No dia 27 de junho de 1894, na localidade chamada Pulador, cerca de 4 600 homens entraram em violento combate que perdurou por seis horas, com grande número de baixas nos dois lados, terminando com os beligerantes sem munição e lutando no corpo-a-corpo.
Os legalistas contavam com cerca de 3 000 homens, entre os voluntários do senador Pinheiro Machado, sob o comando do seu irmão Salvador Pinheiro Machado, contra 1 600 revolucionários federalistas. O saldo final de mortos e feridos diverge, dependendo do historiador, mas a maioria das fontes estima entre 800 a 1 000 mortos, destacando-se que não houve prisioneiros. Os sobreviventes de ambos os lados esconderam-se em matas próximas.[7]
O General Francisco Rodrigues Lima, comandante da "Divisão do Norte" das forças do governo presente na batalha, estimou as perdas entre os Maragatos entre 700 a 800 homens.[2]
Consequências
[editar | editar código-fonte]A batalha resultou no enfraquecimento definitivo dos Maragatos, que foram obrigados a assinar o tratado de paz um ano depois, o que contribuiu para a consolidação da República Brasileira.
Legado
[editar | editar código-fonte]Anualmente a Batalha do Pulador é encenada por tradicionalistas de Passo Fundo, município ao qual pertence o distrito onde ocorreu o fato.[8]
Referências
- ↑ a b c «Sobre o 3º BPM». Website da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. Consultado em 24 de março de 2021
- ↑ a b «Grande batalha, grande victoria!». A Federação : Orgam do Partido Republicano (RS). Porto Alegre. 30 de junho de 1894. p. 2
- ↑ «Noticias Telegraphicas» (PDF). A Republica : orgam do Partido Republicano (RN). Natal. 7 de julho de 1894. p. 3
- ↑ http://nexjor.com.br. «Batalha do Pulador, cem anos de história | NEXJOR». Consultado em 24 de maio de 2021
- ↑ «Em Passo Fundo, uma fazenda para encarar um passado de guerra e um presente de paz». GZH. 6 de agosto de 2020. Consultado em 24 de maio de 2021
- ↑ «"Quatro Dias em Abril" narra episódios da Revolução Federalista de 1893». GZH. 12 de abril de 2018. Consultado em 24 de maio de 2021
- ↑ Rostand Medeiros. «Batalha de Passo Fundo». TOK de HISTÓRIA. Consultado em 24 de maio de 2021
- ↑ Vieira Soares, Rafael. «A BATALHA DO PULADOR E A APROPRIAÇÃO PELO TURISMO EM PASSO FUNDO». Universidade Federal do Rio Grande do Sul. https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/188991/001085331.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- DONATO, Hernâni. Dicionário das Batalhas Brasileiras. São Paulo: Editora Ibrasa, 1987.
Referências