De Wallen
Nome local |
(nl) De Wallen |
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País | |
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Província | |
Município |
Amesterdão (en) |
Área |
0,01 km2 |
Coordenadas |
De Wallen, De Walletjes ou Bairro da Luz Vermelha[1] é um bairro da cidade de Amsterdã, nos Países Baixos, famoso por ser uma zona de prostituição legalizada. O bairro é constituído por um conjunto de ruelas estreitas agrupadas em torno da Igreja Velha (Oude Kerk). No bairro, há boates, restaurantes, bares, cafés, coffeeshops, cinemas eróticos, sex shops, bares de strip-tease, museu do sexo e a prostituição propriamente dita, que é praticada em vitrines vermelhas voltadas para a rua onde as prostitutas se exibem para os transeuntes.[2]
Etimologia
[editar | editar código-fonte]"Walletjes" é um termo neerlandês que significa "murinhos".[3]
História
[editar | editar código-fonte]Século XIII-XVII
[editar | editar código-fonte]No século XIII, a cidade de Amsterdã começou a se tornar um importante porto. Com o porto, houve o surgimento quase natural da prostituição no bairro. Ao longo dos séculos seguintes, a prostituição no bairro foi combatida pelas autoridades sem muito sucesso, até que, no século XVII, ela foi finalmente legalizada.[4]
Século XIX
[editar | editar código-fonte]Em 1811, durante o período napoleônico, a proibição da prostituição foi suspensa. Neste período, os soldados franceses eram os principais clientes das prostitutas em De Wallen.[5] A regulamentação foi introduzida e houve controles de saúde obrigatórios para proteger os soldados de doenças venéreas. Eles receberam um cartão vermelho que era uma permissão para trabalhar. Se fossem encontrados infectados, o cartão era suspenso até quando eles pudessem provar que estavam livres de doenças. Como não havia tratamento confiável paraa sífilis nessa época, isso resultou em a tratamentos perigosos, como banhos de mercúrio, para aliviar os sintomas.
Século XXI
[editar | editar código-fonte]Em fevereiro de 2021, a Câmara Municipal aprovou retirar o negócio do sexo das ruelas de De Wallen e passá-lo para um lugar fora do centro da cidade, embora a localização ainda não tenha sido divulgada.[6]
Com isso a autarquia pretende regular o negócio, combater o tráfico de seres humanos, fornecendo um ambiente mais seguro para os trabalhadores, além de conseguir desmobilizar as hordas de turistas que percorrem o Red Light District.
As visitas guiadas já tinham sido proibidas em abril de 2020[7].
Na cultura popular
[editar | editar código-fonte]O jogo eletrônico Call of Duty: Modern Warfare II é ambientado em Amsterdã.[8] No jogo a zona de prostituição De Wallen e a igreja Oude Kerk foram magistralmente reconstruídas.[8][9]
Galeria
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Museu Erótico
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Centro de Informação do Cannabis College
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Convento das Irmãs de Santa Maria de Betânia
Referências
- ↑ Guia Visual Folha de S. Paulo - Europa. 3ª edição. São Paulo. Publifolha. 2004. p. 250.
- ↑ Dicas e turismo. Disponível em http://www.dicaseturismo.com.br/red-light-district-amsterdam/. Acesso em 9 de julho de 2014.
- ↑ Guia Visual Folha de S. Paulo - Europa. 3ª edição. São Paulo. Publifolha. 2004. p. 251.
- ↑ Guia Visual Folha de S. Paulo - Europa. 3ª edição. São Paulo. Publifolha. 2004. p. 250, 251.
- ↑ De Waard, Marco (2012). Imagining Global Amsterdam, History, Culture, and Geography in a World City. [S.l.]: Amsterdam University Press. 316 páginas. ISBN 978-9089643674
- ↑ «Amsterdam wil deel prostitutie verplaatsen van de Wallen naar een erotisch centrum». www.ad.nl (em neerlandês). Algemeen Dagblad. 6 de novembro de 2020. Consultado em 23 de outubro de 2022
- ↑ «Amesterdão quer retirar os bordéis de Red Light District do centro da cidade»
- ↑ a b «Amsterdam bijna fotorealistisch nagebouwd in nieuwe Call of Duty-game» (em neerlandês). RTL Nieuws. 21 de outubro de 2022. Consultado em 22 de outubro de 2022
- ↑ «Meesterlijk nagebouwd Amsterdam in nieuwste Call of Duty» (em neerlandês). Het Parool. 21 de outubro de 2022. Consultado em 21 de outubro de 2022