Isurus oxyrinchus
Isurus oxyrinchus | |||||||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||||||
Em perigo | |||||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||
Isurus oxyrinchus ( Rafinesque, 1810) | |||||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||||
O tubarão-mako, tubarão-mako-cavala ou ainda anequim é um tubarão da família Lamnidae.
Etimologia
[editar | editar código-fonte]O nome "mako" vem da língua Māori, significando "tubarão" ou "dente de tubarão".[1]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Pode chegar até 4,3 metros de comprimento e um máximo de 580 kg, com as fêmeas sendo de um porte maior que os machos.
A espécie possui um corpo cilíndrico de cor azul metálica, com o ventre branco. Tem um focinho alongado e olhos grandes, e têm barbatanas dorsal e anal pequenas.[2]
Distribuição
[editar | editar código-fonte]Está presente em mares tropicais e temperados, usualmente a temperaturas acima de 16°C.
É uma espécie pelágica que pode ser encontrada desde a superfície até profundidades de 150 m,[3] normalmente longe da terra, embora ocasionalmente mais perto da costa, em torno de ilhas ou enseadas.[4]
Hábitos
[editar | editar código-fonte]É considerado o tubarão mais rápido conhecido, sendo um excelente nadador e podendo chegar aos 88 km/h em curtas distâncias, ultrapassado em velocidade apenas pelo atum dourado e pelo marlim, que pode chegar a 120 km/h.
É uma das poucas espécies de tubarão conhecidas que consegue manter a sua temperatura superior à do meio.
Se alimenta principalmente de cefalópodes e peixes ósseos, mas pode também comer outros tubarões, botos, tartarugas e aves marinhas. É um predador oportunista de topo da cadeia alimentar, e caçam lançando-se verticalmente para cima e arrancando pedaços dos flancos e barbatanas de suas presas. Os mako nadam abaixo de suas presas, para que possam ver o que está acima e tenham uma alta probabilidade de alcançar a presa antes que ela os perceba.[4] Eles possuem uma mordida excepcionalmente forte.[5]
Reprodução
[editar | editar código-fonte]O tubarão-mako é uma espécie ovovivípora, com os embriões nascendo da mãe. Os embriões em desenvolvimento se alimentam dos ovos não fecundados, uma prática chamada ovofagismo.
A gestação leva até 18 meses, e têm entre 8 e 10 filhotes.
Conservação
[editar | editar código-fonte]O tubarão-mako é capturado globalmente tanto como alvo quanto como captura acidental (bycatch em inglês) na pesca comercial. Esta é uma das espécies de tubarão mais valorizadas devido à sua carne, que é considerada de alta qualidade. Como ocorre em muitas espécies de tubarão, as barbatanas do tubarão-mako são comumente comercializadas, principalmente na Ásia, onde o comércio de barbatanas é mais intenso. O óleo de fígado, mandíbulas e pele também são usados.[6]
A espécie também é alvo de pesca esportiva. Por essas razões, se encontra em estado de perigo.[7]
Referências
- ↑ «Maori language Te Reo - glossary of New Zealand Maori words». www.maori.info. Consultado em 11 de março de 2023
- ↑ Hollingworth, Chuck (março de 2005). «The Living Marine Resources of the Western Central Atlantic». Fish and Fisheries. 1 (1): 89–90. ISSN 1467-2960. doi:10.1111/j.1467-2679.2005.00172.x. Consultado em 11 de março de 2023
- ↑ McEachran, John D. (1998–2005). Fishes of the Gulf of Mexico. Janice D. Fechhelm 1st ed. Austin: University of Texas Press. OCLC 38468784
- ↑ a b «The Shark Gallery - Shortfin Mako Shark (Isurus oxyrinchus)». web.archive.org. 14 de julho de 2011. Consultado em 11 de março de 2023
- ↑ Georgiou, Aristos (14 de agosto de 2020). «Most Powerful Shark Bite Ever Recorded Measured by Scientists». Newsweek (em inglês). Consultado em 11 de março de 2023
- ↑ Clarke, Shelley C.; McAllister, Murdoch K.; Milner-Gulland, E. J.; Kirkwood, G. P.; Michielsens, Catherine G. J.; Agnew, David J.; Pikitch, Ellen K.; Nakano, Hideki; Shivji, Mahmood S. (outubro de 2006). «Global estimates of shark catches using trade records from commercial markets: Shark catches from trade records». Ecology Letters (em inglês) (10): 1115–1126. doi:10.1111/j.1461-0248.2006.00968.x. Consultado em 23 de março de 2023
- ↑ Rigby, C.L., Barreto, R., Carlson, J., Fernando, D., Fordham, S., Francis, M.P., Jabado, R.W., Liu, K.M., Marshall, A., Pacoureau, N., Romanov, E., Sherley, R.B. & Winker, H.. «Isurus oxyrinchus». IUCN. The IUCN Red List of Threatened Species 2019 (em inglês). 5 de novembro de 2018. doi:10.2305/iucn.uk.2019-1.rlts.t39341a2903170.en. Consultado em 11 de março de 2023