Amitriptilina
Amitriptilina Alerta sobre risco à saúde | |
---|---|
Nome IUPAC | 3-(10,11-diidro-5H-dibenzo''a'',''d'' ciclohepteno-5-ilideno)-N, N-dimetil-1-propanamina |
Identificadores | |
Número CAS | |
PubChem | |
DrugBank | APRD00227 |
ChemSpider | |
Código ATC | N06 |
Propriedades | |
Fórmula química | C20H23N |
Massa molar | 277.4 g mol-1 |
Farmacologia | |
Biodisponibilidade | 30–60% |
Via(s) de administração | oral |
Metabolismo | hepático |
Meia-vida biológica | 10 a 50h (média de 15h) |
Ligação plasmática | > 90% |
Excreção | renal |
Riscos associados | |
Frases R | R23/24/25, R36/37/38, R42/43, R63 |
Frases S | S22, S26, S36/37/39, S45 |
Compostos relacionados | |
Compostos relacionados | Imipramina Nortriptilina |
Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
A amitriptilina (nomes comerciais: Amytril, Elavil, entre outros) é um antidepressivo tricíclico utilizado para tratar várias condições que afectam o sistema nervoso central. Entre elas estão principalmente a depressão e problemas de ansiedade, mas também a enurese.[1] É eficaz na prevenção das enxaquecas,[2] cefaleias de tensão[3] e no controlo da dor neuropática.[4] Para além disso, é utilizado em casos de insónia,[1] fibromialgia,[4] síndrome do cólon irritável,[5] entre outros, embora o seu uso não esteja oficialmente aprovado em muitos países para essas condições.
De acordo com uma metanálise de grande escala feita em 2018, que comparou 21 antidepressivos disponíveis no mercado, tanto a nível de eficácia como de tolerabilidade, a amitriptilina foi considerado o mais eficaz com uma diferença significativa. Já a nível de tolerabilidade, algo no qual os antidepressivos tricíclicos possuem uma má reputação, ficou na sexta posição.[6]
Mecanismo de ação
A amitriptilina atua primariamente como um inibidor da recaptação da serotonina-norepinefrina, com ações fortes sobre o transportador de serotonina e efeitos moderados no transportador de norepinefrina. Tem influência negligenciável sobre o transportador de dopamina e, portanto, não afeta a recaptação de dopamina, sendo quase 1000 vezes mais fraca do que sobre ele em serotonina. É metabolizada em nortriptilina, potente e seletivo inibidor da recaptação de norepinefrina, que podem complementar os seus efeitos sobre a recaptação da norepinefrina.[7]
A amitriptilina, adicionalmente, funciona como um bloqueador dos receptores 5-HT2A, 5-HT2C, 5-HT3, 5-HT6 e 5-HT7 (receptores de serotonina), receptores alfa-1-adrenérgicos, receptores histamínicos H1, H2 e H4 e também, como um agonista do receptor sigma (σ) opioide. Também tem sido mostrado ser um ligante relativamente fraco do receptor de NMDA (receptor de glutamato), agindo como modulador alostérico negativo no mesmo local de ligação da fenciclidina.[8][9]
Reações adversas
Algumas das reações adversas da amitriptilina incluem:[10]
- Secura da boca, o que propicia o aparecimento de cáries: para contornar o problema a pessoa deve tomar pequenos e constantes goles de água e evitar comer açúcar
- Obstipação (prisão de ventre) que deve ser regulado com enriquecimento de fibras na dieta e não com laxantes
- Tonturas, zumbidos ou dores de cabeça, sedação ou mesmo prostração
- Ganho de peso e aumento do apetite
- Taquicardia e crises hipertensivas
- Diminuição da libido.
- Convulsões
- Problemas de visão
- Sensação de cansaço e/ou fraqueza muscular
- Dormência da língua
- Movimentos involuntários dos músculos
- Sudorese excessiva
- Inquietação
- Lentificação do movimento intestinal
Contraindicações
Pode estar desaconselhada no caso de doença cardíaca, histórico de ataque cardíaco ou convulsões. No caso de pacientes com diabetes, a amitriptilina pode reduzir os níveis de açúcar no sangue, bem como pode agravar outros problemas de saúde como o hipertiroidismo, o glaucoma ou os problemas em urinar.[11]
Interações medicamentosas
A amitriptilina interage com IMAOs (inibidores da monoamina oxidase), principalmente com inibidores da MAO-A, pois podem induzir uma síndrome serotoninérgica. O medicamento interage negativamente com cisaprida. Foi relatado delírio com o uso concomitante com dissulfiram. Como todo tricíclico, a dose usada deve ser repensada caso haja uso de outros psicotrópicos, bem como inibidores ou substratos do citocromo P450 2D6 (quinidina, cimetidina, fenotiazinas, propafenona e flecainida) devido às alterações no metabolismo dos medicamentos. Devido aos efeitos sobre o intestino, deve-se evitar o uso concomitante com antiespasmódicos, que pode levar, em casos extremos, ao íleo paralítico.[12] Outras interações medicamentosas da amitriptlina[13] incluem:
- Inibidores da CYP2D6 e substratos, como a fluoxetina, devido ao potencial de aumento nas concentrações plasmáticas da droga
- Guanetidina, pois pode reduzir os efeitos anti-hipertensivos deste medicamento
- Agentes anticolinérgicos, como benztropina, hioscina (escopolamina) e atropina, porque os dois podem exacerbar os efeitos anticolinérgicos um do outro, incluindo íleo paralítico e taquicardia
- Antipsicóticos, devido ao potencial de exacerbarem os efeitos sedativos, anticolinérgicos, epileptogênicos e piréticos. Também aumenta o risco de síndrome neuroléptica maligna
- A eletroconvulsoterapia pode aumentar os riscos associados a este tratamento
- Medicamentos antitireoidianos podem aumentar o risco de agranulocitose
- Foi relatado aumento da concentração plasmática da amitriptilina e de outros ADTs no uso concomitante com o anticonvulsivo ácido valproico[14]
- Os hormônios tireoidianos têm potencial para aumentar os efeitos adversos, como estimulação do SNC e arritmias.
- Alguns analgésicos, como tramadol e petidina, devido ao potencial de aumento do risco de convulsões e síndrome da serotonina
- Medicamentos sujeitos à inativação gástrica (por exemplo, levodopa) devido ao potencial da amitriptilina em retardar o esvaziamento gástrico e reduzir a motilidade intestinal
- Medicamentos sujeitos a absorção prolongada devido a maior tempo de presença no intestino delgado (por exemplo, anticoagulantes)
- Deve haver cautela na associação com outros agentes serotonérgicos, como os ISRSs e triptanos, pois podem induzir síndrome serotoninérgica
Overdose
Os sintomas e o tratamento de uma overdose são basicamente os mesmos dos outros ADTs, incluindo a possibilidade de síndrome serotoninérgica e efeitos cardíacos adversos. O British National Formulary observa que a amitriptilina é particularmente perigosa em overdose,[15] e por isso, ela e outros TCAs não são mais recomendados como terapia de primeira linha para a depressão. Agentes alternativos, das classes ISRS e ISRSN, são mais seguros em termos de overdose e geralmente mais toleráveis, embora não sejam mais eficazes do que os TCAs. O cantor inglês Nick Drake morreu de overdose de amitriptilina em 1974.[16] Os possíveis sintomas de overdose de amitriptilina incluem:[17]
- Sonolência
- Hiportemia (baixa temperatura coporal)
- Taquicardia
- Outras anormalidades cardíacadas
- Evidência de ECG de condução prejudicada
- Insuficiência cardíaca congestiva
- Dilatação das pupilas
- Convulsões
- Hipotensão severa (pressão arterial muito baixa)
- Estupor
- Coma
- Morte
- Polineuropatia
- Mudanças no eletrocardiograma, prolongamento do intervalo QT
- Agitação
- Reflexos hiperativos
- Rigidez muscular
- Vômito
O tratamento da intoxicação é principalmente de suporte, uma vez que não existe um antídoto específico para a sobredosagem com amitriptilina.[17] O carvão ativado pode reduzir a absorção se administrado em até 2 horas após a ingestão. Se a pessoa afetada estiver inconsciente ou com reflexo de vômito prejudicado, uma sonda nasogástrica pode ser usada para que o carvão ativado chegue ao estômago. O monitoramento de ECG para anormalidades cardíacas é essencial. Caso necessário, a temperatura corporal deve ser regulada com medidas como cobertores de aquecimento. A monitorização cardíaca é recomendada durante pelo menos cinco dias após a overdose. Os benzodiazepínicos são recomendados para o controle de possíveis convulsões. A diálise não costuma ser útil devido ao alto grau de ligação às proteínas que a amitriptilina possui.
Pesquisas
A amitriptilina foi estudada em vários distúrbios:
- Transtornos alimentares: Os poucos ensaios clínicos randomizados que investigaram sua eficácia em transtornos alimentares foram desanimadores[18][19]
- Insônia: em 2004, a amitriptilina era o remédio para dormir mais comumente prescrito nos Estados Unidos (uso off label).[20] Devido ao desenvolvimento de tolerância e ao potencial para efeitos adversos, como prisão de ventre, seu uso em idosos para esta indicação é desaconselhado.[21]
- Incontinência urinária: a amitriptilina pode ser utilizada para tratamento de enurese noturna e incontinência urinária
- Síndrome do vômito cíclico[22][23]
- Tratamento preventivo para pacientes com discinesia biliar recorrente (disfunção do Esfíncter de Oddi)[24]
- Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (em conjunto, ou às vezes no lugar de drogas estimulantes)[25]
- Náusea, especialmente após o procedimento antirrefluxo Fundoplicação de Nissen[26]
História
A amitriptilina foi sintetizada pela primeira vez em 1960 e foi introduzida para uso médico nos Estados Unidos em 1961 e no Reino Unido em 1962, sob o nome comercial Elavil.[29][30][31][32] Foi o segundo TCA a ser introduzido, após a imipramina, comercializada a partir de 1957.[30][31] Ainda hoje é utilizada, apesar da introdução dos antidepressivos ISRS e ISRNS, estando na 88º posição dos medicamentos mais prescritos nos Estados Unidos.[33] Pertence ao grupo dos antidepressivos tricíclicos e está na lista dos medicamentos essenciais da OMS.[34]
Ver também
Referências
- ↑ a b «Amitriptyline». www.drugbank.ca. Consultado em 14 de setembro de 2019
- ↑ Jackson, Jeffrey L.; Cogbill, Elizabeth; Santana-Davila, Rafael; Eldredge, Christina; Collier, William; Gradall, Andrew; Sehgal, Neha; Kuester, Jessica (2015). «A Comparative Effectiveness Meta-Analysis of Drugs for the Prophylaxis of Migraine Headache». PloS One. 10 (7): e0130733. ISSN 1932-6203. PMC 4501738. PMID 26172390. doi:10.1371/journal.pone.0130733
- ↑ Brodie, Jonathan J.; Millea, Paul J. (1 de setembro de 2002). «Tension-Type Headache». American Family Physician (em inglês). 66 (5). 797 páginas. ISSN 0002-838X
- ↑ a b Moore, R. Andrew; Derry, Sheena; Aldington, Dominic; Cole, Peter; Wiffen, Philip J. (12 de dezembro de 2012). «Amitriptyline for neuropathic pain and fibromyalgia in adults». The Cochrane Database of Systematic Reviews. 12: CD008242. ISSN 1469-493X. PMID 23235657. doi:10.1002/14651858.CD008242.pub2
- ↑ Trinkley, Katy E.; Nahata, Milap C. (2014). «Medication management of irritable bowel syndrome». Digestion. 89 (4): 253–267. ISSN 1421-9867. PMID 24992947. doi:10.1159/000362405
- ↑ Geddes, John R.; Ioannidis, John P. A.; Tajika, Aran; Shinohara, Kiyomi; Imai, Hissei; Hayasaka, Yu; Takeshima, Nozomi; Egger, Matthias; Higgins, Julian P. T. (7 de abril de 2018). «Comparative efficacy and acceptability of 21 antidepressant drugs for the acute treatment of adults with major depressive disorder: a systematic review and network meta-analysis». The Lancet (em inglês). 391 (10128): 1357–1366. ISSN 0140-6736. PMID 29477251. doi:10.1016/S0140-6736(17)32802-7
- ↑ Rissardo, Jamir Pitton; Caprara, Ana Letícia Fornari (30 de abril de 2020). «The Link Between Amitriptyline and Movement Disorders: Clinical Profile and Outcome». Annals of the Academy of Medicine, Singapore (4): 236–251. ISSN 0304-4602. doi:10.47102/annals-acadmed.sg.202023. Consultado em 11 de novembro de 2021
- ↑ Sills, M. A.; P. S. (1 de julho de 1989). «Tricyclic antidepressants and dextromethorphan bind with higher affinity to the phencyclidine receptor in the absence of magnesium and L-glutamate». Molecular Pharmacology. 36 (1): 160–165. ISSN 0026-895X. PMID 2568580
- ↑ «Amitriptyline». DrugBank. 16 de setembro de 2013
- ↑ Bula - Amitriptilina - Anvisa
- ↑ Amitriptyline
- ↑ consultaremedios.com.br. «Amytril: Bula original, extraída manualmente da Anvisa | CR». Consulta Remédios. Consultado em 26 de dezembro de 2019
- ↑ «Endep Amitriptyline hydrochloride» (PDF). TGA eBusiness Services. Alphapharm Pty Limited. 10 de dezembro de 2012. Consultado em 1 de dezembro de 2013. Cópia arquivada em 13 de agosto de 2017
- ↑ Abbot, Medicamentos. «Bula do ácido valproico» (PDF)
- ↑ Joint Formulary Committee (2013). British National Formulary (BNF). Pharmaceutical Press 65th ed. London, UK: [s.n.] ISBN 978-0-85711-084-8
- ↑ Brown, M., "Nick Drake: the fragile genius", The Daily Telegraph, 25/11/2014.
- ↑ a b «Endep Amitriptyline hydrochloride» (PDF). TGA eBusiness Services. Alphapharm Pty Limited. 10 de dezembro de 2012. Consultado em 1 de dezembro de 2013. Cópia arquivada em 13 de agosto de 2017
- ↑ «Levate (amitriptyline), dosing, indications, interactions, adverse effects, and more». Medscape Reference. WebMD. Consultado em 1 de dezembro de 2013. Cópia arquivada em 3 de dezembro de 2013
- ↑ Flament MF, Bissada H, Spettigue W. «Evidence-based pharmacotherapy of eating disorders». International Journal of Neuropsychopharmacology. 15: 189–207. PMID 21414249. doi:10.1017/S1461145711000381
- ↑ Mendelson WB, Roth T, Cassella J, Roehrs T, Walsh JK, Woods JH, Buysse DJ, Meyer RE. «The treatment of chronic insomnia: drug indications, chronic use and abuse liability. Summary of a 2001 New Clinical Drug Evaluation Unit meeting symposium». Sleep Med Rev. 8: 7–17. PMID 15062207. doi:10.1016/s1087-0792(03)00042-x
- ↑ Rossi, S, ed. (2013). Australian Medicines Handbook. The Australian Medicines Handbook Unit Trust 2013 ed. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-9805790-9-3
- ↑ Sim Y-J, Kim J-M, Kwon S, Choe B-H (2009). «Clinical experience with amitriptyline for management of children with cyclic vomiting syndrome». Korean Journal of Pediatrics. 52: 538–43. doi:10.3345/kjp.2009.52.5.538
- ↑ Boles RG, Lovett-Barr MR, Preston A, Li BU, Adams K (2010). «Treatment of cyclic vomiting syndrome with co-enzyme Q10 and amitriptyline, a retrospective study». BMC Neurol. 10. 10 páginas. PMC 2825193. PMID 20109231. doi:10.1186/1471-2377-10-10
- ↑ Wald, Arnold (2006). «Functional biliary type pain syndrome». In: Pasricha; Willis; Gebhart. Chronic Abdominal and Visceral Pain. Informa Healthcare. London: [s.n.] pp. 453–62. ISBN 978-0-8493-2897-8
- ↑ «Amitriptyline Hydrochloride Monograph for Professionals». Consultado em 25 de setembro de 2014. Cópia arquivada em 24 de setembro de 2014
- ↑ «Management of Gastroparesis | American College of Gastroenterology». Consultado em 16 de junho de 2015. Cópia arquivada em 18 de junho de 2015
- ↑ Pancrazio, J. J.; G. L. (1 de janeiro de 1998). «Inhibition of neuronal Na+ channels by antidepressant drugs». The Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics. 284 (1): 208–214. ISSN 0022-3565. PMID 9435180
- ↑ Jang, Sung-Wuk; Xia (26 de junho de 2009). «The Antidepressant Amitriptyline is a TrkA and TrkB Receptor Agonist that Promotes TrkA/TrkB Heterodimerization and Has Potent Neurotrophic Activity». Chemistry & biology. 16 (6): 644–656. ISSN 1074-5521. PMID 19549602. doi:10.1016/j.chembiol.2009.05.010
- ↑ Fagan T, Warden PG (1996). Historical Encyclopedia of School Psychology. Greenwood Publishing Group. [S.l.: s.n.] pp. 307–. ISBN 978-0-313-29015-2
- ↑ a b López-Muñoz F, Srinivasan V, de Berardis D, Álamo C, Kato TA (16 de novembro de 2016). Melatonin, Neuroprotective Agents and Antidepressant Therapy. Springer. [S.l.: s.n.] pp. 374–. ISBN 978-81-322-2803-5
- ↑ a b Martin A, Scahill L, Kratochvil C (14 de dezembro de 2010). Pediatric Psychopharmacology. Oxford University Press, USA. [S.l.: s.n.] pp. 292–. ISBN 978-0-19-539821-2
- ↑ Sittig M (22 de outubro de 2013). Pharmaceutical Manufacturing Encyclopedia. William Andrew Publishing, Elsevier 3rd ed. [S.l.: s.n.] pp. 281–. ISBN 978-0-8155-1856-3
- ↑ «The Top 300 of 2019». clincalc.com. Consultado em 14 de setembro de 2019
- ↑ «WHO Model List of Essential Medicines (19th List)» (PDF)
Ligações externas
- PubChem Substance Summary: Amitriptyline Informação do Centro Nacional de Biotecnologia National Center for Biotechnology Information.
- AMITRIP® Amitriptyline hydrochloride 10 mg, 25 mg and 50 mg Capsules Medsafe NZ Physician Data Sheet. Novembro de 2004.
- Informaçãos Médica para o Consumidor, Austrália, Dezembro de 2005
- US National Institutes of Health, Janeiro de 2008