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Enyalius bilineatus

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Enyalius bilineatus
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Iguania
Família: Leiosauridae
Gênero: Enyalius
Espécies:
E. bilineatus
Nome binomial
Enyalius bilineatus
(Duméril & Bibron, 1837)

Enyalius bilineatus (Duméril & Bibron, 1837[2]) é uma espécie de lagarto de pequeno porte da família Leiosauridae. É um animal de hábito semi-arborícola endêmico da América do Sul (Rodrigues et al., 2014[3]) de ampla distribuição no Brasil. É encontrado principalmente em ambientes de Mata Atlântica e de florestas ripárias do Cerrado.

Características gerais

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Além do dimorfismo entre machos e fêmeas quanto ao padrão de coloração característicos das espécies do gênero, E. bilineatus apresenta diferenças morfológicas onde fêmeas exibem tamanhos corporais maiores que os machos, sendo que estes tendem a ser territorialistas. De qualquer forma, parece que as forças seletivas que favorecem o tamanho corpóreo maior foram mais intensas para as fêmeas do que para os machos durante a história evolutiva de tais lagartos. (ETHERIDGE, 1969;[4] JACKSON, 1978;[5] TEIXEIRA et al. 2005[6]). Com relação a o grau de ameaça da espécie ela se encontra categoria de baixo risco da IUCN, pois não há dados suficientes sobre a espécie

Local de Ocorrência

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Enyalius bilineatus ocorre nas regiões sul e centro-oeste brasileiro e na porção sul do estado da Bahia. Ele vive em ambientes florestais da Mata Atlântica e mata ripária do Cerrado, podendo ser encontrado em Minas Gerais, Espírito Santo. Em Minas Gerais, foram encontradas incidências das espécies em terrenos de afloramentos rochosos e em campos abertos de gramíneas. Há também evidências de ocorrências em zonas de transição entre o Cerrado e a Caatinga no estado da Bahia.

Hábitos alimentares

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A espécie apresenta uma dieta artrópode generalista, podendo ser verificada a dieta de diversas ordens de inseto. A maior parte da alimentação dessa espécie provém de insetos da ordem Orthoptera, Hymenoptera (especialmente formigas) e subordem Dictyoptera (Zamprogno et al., 2001[7]), entretanto é comumente observada a ingestão de Hemipteras, larvas de Lepidopteras e Coleópteras, podendo variar dependendo da fauna local.

Referências

  1. Colli, G.R.; Fenker, J.; Tedeschi, L.; Bataus, Y.S.L.; Uhlig, V.M.; Silveira, A.L.; da Rocha, C.; Nogueira, C. de C.; Werneck, F.; de Moura, G.J.B.; Winck, G.; Kiefer, M.; de Freitas, M.A.; Ribeiro Júnior, M.A.; Hoogmoed, M.S.; Tinôco, M.S.T.; Valadão, R.; Cardoso Vieira, R.; Perez Maciel, R.; Gomes Faria, R.; Recoder, R.; D'Ávila, R.; Torquato da Silva, S.; de Barcelos Ribeiro, S.; Avila-Pires, T.C.S. (2019). «Enyalius bilineatus». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2019: e.T203140A2761108. doi:10.2305/IUCN.UK.2019-1.RLTS.T203140A2761108.pt. Consultado em 19 de novembro de 2021 {{citar iucn}}: erro: malformed |doi= identifier (ajuda)
  2. «Enyalius bilineatus». The Reptile Database. Consultado em 8 de dezembro de 2018 
  3. «Molecular phylogeny, species limits, and biogeography of the Brazilian endemic lizard genus Enyalius (Squamata: Leiosauridae): An example of the historical relationship between Atlantic Forests and Amazonia». Molecular Phylogenetics and Evolution (em inglês). 81: 137–146. 1 de dezembro de 2014. ISSN 1055-7903. doi:10.1016/j.ympev.2014.07.019 
  4. Etheridge, Richard (1969). «A review of the Iguanid lizard genus Enyalius». Bulletin of the British Museum (Natural History), Zoology. 18: 231–260. ISSN 0007-1498 
  5. Jackson, James (30 de outubro de 1978). «Differentiation in the genera Enyalius and Strobilurus (Iguanidae): implications for pleistocene climatic changes in Eastern Brazil». Universidade de São Paulo; Museu de Zoologia. Consultado em 8 de dezembro de 2018 
  6. «Home». www.bioone.org. doi:10.1670/9-05n.1. Consultado em 8 de dezembro de 2018 
  7. Teixeira, R. L.; Zamprogno, M. das G. F.; Zamprogno, C. (fevereiro de 2001). «Evidence of terrestrial feeding in the arboreal lizard Enyalius bilineatus (Sauria, Polychrotidae) of south-eastern Brazil». Revista Brasileira de Biologia. 61 (1): 91–94. ISSN 0034-7108. doi:10.1590/S0034-71082001000100012 
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