Podocarpus lambertii
Atambuaçu Podocarpus lambertii | |||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Estado de conservação | |||||||||||||||
Quase ameaçada | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
| |||||||||||||||
Nome binomial | |||||||||||||||
Podocarpus lambertii Klotzsch ex Endl., 1847 |
Podocarpus lambertii conhecida pelos nomes populares de pinheiro-bravo, pinheirinho,[1] pinho-bravo, pinheirinho-bravo e atambuaçu. Apesar destes nomes populares (com exceção de "atambuaçu") não é um verdadeiro pinheiro (género Pinus) e tão pouco pertencer a família dos pinheiros (Pinaceae). É uma espécie arbórea perenifólia da família Podocarpaceae de coníferas. Atinge mais de 20 m de altura e 150 cm de diâmetro no tronco. É nativa das florestas úmidas do sul e sudeste do Brasil e nordeste da Argentina.[2]
Sua madeira foi extremamente usada em taboados, compensados, forros, móveis rústicos, fósforos e brinquedos. Leve e bege-clara com tons acinzentados, não resiste à umidade.[3]
Etimologia
[editar | editar código-fonte]Podocarpus vem de pous, que em grego significa pé (podos), em alusão ao pedicelo do pseudo-fruto; já o termo lambertii é em homenagem a Aylmer Bourke Lambert (1761 — 1842), botânico inglês que também investigou as Coníferas.[4]
Descrição
[editar | editar código-fonte]É uma árvore perenifólia de altura variável, medindo de 1 a 4 m de altura na zona campestre, até 27 m de altura e 120 cm ou mais de DAP, na idade adulta, na Floresta com Araucária; comumente com 10 m de altura e 20 a 40 cm de DAP.[4]
Tronco geralmente tortuoso, inclinado e curto, podendo apresentar-se reto na floresta, onde atinge fustes de até 10 m de comprimento.[4]
As folhas medem de 3 a 5 cm de comprimento (em plantas novas, as folhas costumam ser mais longas) e 4 mm de largura. As sementes têm 4 milímetros de diâmetro e possuem um pequeno pendúnculo carnoso roxo, mais ou menos do tamanho da semente, posicionado ao seu pé (de onde vem o nome científico do gênero, do grego poûs, podos, "pé" e karpós, "fruto").[4]
Distribuição
[editar | editar código-fonte]É nativa do Brasil (de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul) e da província de Misiones, na Argentina, sempre em áreas de altitude, sobretudo nas matas dominadas pelo pinheiro-do-paraná. Ocorre principalmente em formações secundárias, sendo mais rara nas matas mais fechadas. Ela é referida também para regiões de altitude do norte de Minas Gerais e da Bahia, mas aparentemente essas ocorrências pertencem a outra espécie, Podocarpus transiens. Uma outra espécie de Podocarpus nativa do Brasil é Podocarpus sellowii, nativa das regiões de altitude da Mata Atlântica.
A altitude varia de 10 m, no Rio Grande do Sul a 2.000 m de altitude, no Estado do Rio de Janeiro. Contudo, é mais freqüente entre 600 e 1.800 m de altitude.[4]
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Notas
[editar | editar código-fonte]- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. pp.1 331,1 332
- ↑ «NCBI:txid1030197». NCBI Taxonomy (em inglês). Consultado em 21 de outubro de 2020
- ↑ CARDOSO, 2004, p43.
- ↑ a b c d e «Pinheiro-Bravo - Podocarpus lambertii» (PDF). EMBRAPA
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- CARDOSO, Francisco. Árvores de Curitiba. Curitiba: Ed. do Autor, 2004. 96p