Santa Matilde (automóvel)
Santa Matilde | |||
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SM 4.1S (1986), um modelo da marca. | |||
Visão geral | |||
Nomes alternativos |
SM | ||
Produção | 1978–1997 | ||
Fabricante | Companhia Industrial Santa Matilde | ||
Modelo | |||
Classe | Esportivo | ||
Carroceria | Fibra de vidro: Hatchback Coupé Conversível | ||
Designer | Ana Lídia Pimentel Fonseca Rosa Valverde, 1985 (interior)[1] | ||
Ficha técnica | |||
Motor | Chevrolet 250S 4.1L, 6 cilindros em linha, gasolina. Chevrolet 4.1L, 6 cilindros em linha, etanol. | ||
Transmissão | 4 marchas | ||
Layout | 2+2 lugares, motor dianteiro tração traseira | ||
Modelos relacionados | Puma GTB Chevrolet Opala | ||
Dimensões | |||
Comprimento | 4180 mm | ||
Entre-eixos | 2380 mm | ||
Largura | 1710 mm | ||
Altura | 1320 mm | ||
Peso | 1240 Kg | ||
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O Santa Matilde é um automóvel esportivo fabricado pela Companhia Industrial Santa Matilde na cidade de Três Rios (RJ), entre os anos de 1978 e 1997. Utiliza mecânica do Chevrolet Opala, com motor 4.1L, 6 cilindros em linha. O chassi também foi desenvolvido a partir das longarinas do Opala. Durante seu período de produção, foi o veículo mais caro do Brasil.[2]
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]Motivado pela Crise Petrolífera de 1973, o governo brasileiro proibiu a importação de automóveis e de peças automotivas, criando uma reserva de mercado em um nicho de alto padrão, formado pelo público consumidor destes produtos. Além das grandes montadoras, pequenos fabricantes se estabeleceram para atender à demanda.[3]
Projeto e desenvolvimento
[editar | editar código-fonte]A Santa Matilde estava com ociosidade em suas plantas industriais, quando seu proprietário Humberto Pimentel Fonseca, neto do fundador, investiu na produção de um automóvel esportivo. Com o auxílio de sua filha Ana Lídia Pimentel Fonseca, responsável pelo design, e do piloto e preparador de carros Renato Peixoto, iniciaram o projeto. Em 1976, surgiram os primeiros esboços de um cupê, equipado com motor Chevrolet 250 S.[4]
Os protótipos foram concluídos em 1977, sendo lançados oficialmente na Brasil Export 1977 com o nome de SM 4.1[5] O custo inicial era de trezentos mil cruzeiros, na época equivalente à vinte mil dólares, o que fazia dele o automóvel mais caro em produção no país. Porém, o resultado foi pífio, pois o modelo apresentou problemas nos freios, acabamento e em outros detalhes, o que motivou Humberto Pimentel a demitir Peixoto e a redesenhar o veículo, produzido agora sob supervisão de Fernando Monnerat. Com os defeitos corrigidos, o modelo foi relançado.[6][7] Em 1980 foi fabricado o primeiro SM 2.5 turbo, como modelo 1981 a fabricação desta versão foi encerrada em 1982.
Modelos
[editar | editar código-fonte]- SM Hatch (1977-1983)
- SM Conversível (1983-1990)
- SM Coupé (1983-1997)
Produção
[editar | editar código-fonte]Ano | Quantidade | Ano | Quantidade |
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1978 | 88[8] | 1985 | 81 |
1979 | 150[8] | 1986 | 207[8] |
1980 | 147 | 1987 | 25 |
1981 | 57 | 1988 | 8 |
1982 | 48 | 1989 | 22[9] |
1983 | 44 | 1990 | 13 |
1984 | 62 | Total |
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Adamo
- Brasinca
- Corona
- Farus
- Hofstetter
- Miura
- Puma
- Sociedade Técnica de Veículos (STV)
- Wladimir Martins Veículos (WMV)
- Aurora
- Bianco
Referências
- ↑ José Carvalho (26 de novembro de 2005). «Das ferrovias para o asfalto». Jornal do Brasil, ano 115, edição 232, Caderno Carro e Moto, página 4/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 9 de março de 2020
- ↑ Bellote, Renato (8 de fevereiro de 2018). «Santa Matilde: clássico nacional foi o mais luxuoso da sua época - Garagem do Bellote - iG». Carros. Consultado em 27 de dezembro de 2019
- ↑ Julio Cesar (25 de abril de 2014). «Carros para sempre: Santa Matilde era o fora-de-série mais caro do Brasil». Motor 1. Consultado em 26 de dezembro de 2019
- ↑ «Santa Matilde:60 anos de constante crescimento». Manchete, ano 24, edição 1283, páginas 176 e 177/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 1976. Consultado em 26 de dezembro de 2019
- ↑ «Empresas». Jornal do Brasil, ano LXXXVII, edição 246, página 20/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 10 de dezembro de 1977. Consultado em 26 de dezembro de 2019
- ↑ «Grandes Brasileiros: Santa Matilde SM 4.1 tinha estilo e mecânica de Opala». Quatro Rodas. Consultado em 27 de dezembro de 2019
- ↑ «SMClube - História do automóvel Santa Matilde SM 4.1». www.smclube.com.br. Consultado em 27 de dezembro de 2019
- ↑ a b c Renato Bellote Gomes (3 de março de 2006). «Santa Matilde:Fora-de-série com estilo». WebMotors. Consultado em 27 de dezembro de 2019
- ↑ Informe publicitário (5 de outubro de 1991). «Produção automobilística dos principais países». Jornal do Brasil, ano CI, edição 180, página 11/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 27 de dezembro de 2019
- Revista Quatro Rodas - Novembro de 2002 - Edição 508.
- Revista Quatro Rodas - Julho de 1979 - Edição 228.
- Revista Quatro Rodas - Maio de 1978 - Edição 214.
- Revista Motor 3, Abril de 1981.
- Revista Motor 3, Outubro de 1983.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «SantaMatilde.com.br»
- «SMClube, Clube do Santa Matilde»
- Site Lexicar Brasil
- Best Cars Web Site: Sofisticação fora de série.
- Automobile Catalog
- Flatout. Santa Matilde: o fora-de-série com mecânica de Opala que fez sucesso nos anos 1980
- Motor1.com Carros para sempre: Santa Matilde era o fora-de-série mais caro do Brasil
- E-book "Esportivos Brasileiros". Márcio Antonio Sonnewend. 2ª edição. http://www.elivros-gratis.net/livros-gratis-automobilismo.asp
- Quatro Rodas. Grandes Brasileiros: Santa Matilde SM 4.1