Tony da Gatorra
Tony da Gatorra | |
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Informação geral | |
Nome completo | Antônio Carlos Correia de Moura |
Nascimento | 3 de agosto de 1951 (73 anos) |
Origem | Cachoeira do Sul, RS |
País | Brasil |
Gênero(s) | psicodélico, Rock Progressivo, pós-punk |
Instrumento(s) | gatorra |
Outras ocupações | técnico eletricista |
Página oficial | Blog oficial |
Antônio Carlos Correia de Moura (Cachoeira do Sul, 3 de agosto de 1951), mais conhecido como Tony da Gatorra, é um músico brasileiro. Tony tem um estilo hippie, usa roupas de cores fortes e símbolos da ideologia "paz e amor".
Biografia
[editar | editar código-fonte]Natural de Cachoeira do Sul,[1] ele chegou em Esteio com três anos de idade. Quando criança, Tony morava com seus pais e mais 8 irmãos, até que sua mãe morreu quando ele tinha 8 anos de idade. Como seu pai trabalhava o dia todo numa fábrica de papelão, ele e seus irmãos passaram a brincar o dia todo nas ruas, até que seu pai falou com o então governador Leonel Brizola e conseguiu bolsas para Tony e mais um irmão no Patronato Agrícola, um internato agrícola administrado por padres para meninos de 8 a 14 anos.
O período no Patronato Agrícola proporcionou disciplina e educação religiosa a Tony. Nas horas vagas, Tony e seus amigos jogavam futebol e pescavam num açude.
Aos 13 anos, Tony saiu do Patronato Agrícola e foi trabalhar como office-boy num escritório de arquitetura em Porto Alegre. Aos 15 anos tornou-se aprendiz em uma empresa metalúrgica, onde aprendeu a trabalhar com o torno mecânico e morou em uma pequena pensão, num quarto com mais quatro pessoas. Viveu aí por cinco anos, até voltar para Esteio, onde se casou aos 25 anos.
A partir daí, passou a trabalhar como técnico eletricista, consertando televisores e aparelhos eletrônicos, de onde adveio seu conhecimento técnico para, no final dos anos 90, construir o instrumento batizado por ele de gatorra — uma espécie de mistura entre bateria eletrônica com sintetizador. Tony ganhou popularidade com o instrumento, com o qual passou a executar canções pós-punk com letras de protesto.
Até 2004, Tony era conhecido por circular em bares de Porto Alegre, quando foi apresentado a um radialista gaúcho com um CD demo, que o encaminhou para a gravadora paulista Slag, com a qual assinou um contrato e começou a fazer shows em várias capitais do país.[2]
No ano de 2006, o guitarrista da banda escocesa Franz Ferdinand, Nick McCarthy, em passagem pelo Brasil, adquiriu uma gatorra junto a Tony.[3] Em 2007 Tony excursionou pelo Reino Unido juntamente com Guilherme Barrella e Bruno Ramos, como parte de uma turnê com artistas brasileiros e britânicos.
Em 2010, Tony lançou um álbum com o vocalista do Super Furry Animals, Gruff Rhys,[4][5] ao que se seguiu uma turnê pelo Reino Unido.[6]
Discografia
[editar | editar código-fonte]- Só Protesto (2005)
- Novos Pensamentos (2006)
- The Terror of Cosmic Loneliness (2010), com Gruff Rhys, do Super Furry Animals
- Paiz sem Lei (2013)
- Tony da Gatorra e os Ufonistas (2013), com Arthur Joly, Eloy Silvestre e incluindo remixes de Paulo Beto e Arthur Joly para a música Assassino
- Extinção (Single) (2015)
- Gomorra (2016), com Tainam Dias
Referências
- ↑ Tony da Gatorra por Paula Vieira Paula Vieira. 13-8-2011.
- ↑ Festa da Gatorra. Remix. clicRBS. 11-9-2008.
- ↑ Nogueira, Lígia (26 de setembro de 2006). «Guitarrista do Franz Ferdinand conheceu a gatorra e aprovou». G1. Consultado em 1 de agosto de 2012
- ↑ Tony da Gatorra lança álbum com Gruff Rhys. Rolling Stone. 29-3-2010.
- ↑ Gruff Rhys and Tony Da Gatorra form surprise Coallition Pact. Turnstile Music. 12-5-2010.
- ↑ Gruff Rhys vs Tony Da Gatorra. Field Day Festival.