Saltar para o conteúdo

Turismo em Marrocos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O turismo em Marrocos é consideravelmente bem desenvolvido. O país tem um forte setor turístico, que tem como foco principal a cultura e história da região. O Marrocos é um dos países politicamente mais estáveis do Norte da África, o que permitiu o desenvolvimento do turismo no local. Em 1985, o governo marroquino criou um Ministério do Turismo, o que fortaleceu ainda mais o setor. O turismo é considerado uma das principais fontes de renda do povo marroquino. A partir de 2013, o país começou a registrar desde então o maior número de visitantes em toda a África. Em 2018, 12,3 milhões de turistas teriam visitado o Marrocos.[1][2][3]

Na segunda metade da década de 1980 e no início da década de 1990, entre 1 e 1,5 milhão de europeus vindos da Grã-Bretanha, Itália, Alemanha, Holanda e principalmente da Espanha e da França, visitaram o Marrocos. Os turistas visitavam principalmente grandes resorts litorâneos ao longo da costa atlântica, principalmente na cidade de Agadir.[4]

Indústria turística

[editar | editar código-fonte]

O setor turístico gerou em 2007, um total de US$7,55 bilhões; o mesmo é a segunda maior fonte de lucro em Marrocos, logo após a indústria de fosfato. O governo marroquino investe pesadamente no desenvolvimento do turismo; são também patrocinadas tanto pelo poder público quanto pela iniciativa privada, campanhas de marketing para atrair turistas; as mesmas descrevem o Marrocos como um lugar barato e exótico, e além de tudo seguro para os turistas estrangeiros.[5][6]

A boa localização (próxima a Europa), as atrações turísticas e os custos relativamente baixos, ajudam Marrocos a conseguir em comparação, um número tanto quanto alto de turistas anuais. Por conta de sua proximidade com a Espanha, os turistas que visitam as áreas costeiras do sul espanhol, gozam da proximidade entre os países, e fazem assim viagens ou passeios rápidos de um a três dias ao Marrocos; Marrakesh e Agadir são um dos dois principais destinos desses turistas. Marrocos é relativamente barato por conta da desvalorização do dirrã (unidade monetária local) e do aumento dos preços dos hotéis espanhóis. O país também possui uma excelente infraestrutura rodoviária e ferroviária que liga as principais cidades e destinos turísticos. As companhias aéreas de baixo custo oferecem voos baratos para o país.[2]

O Plano Azur, um projeto de grande envergadura iniciado pelo rei Mohammed VI, tinha como objetivo internacionalizar Marrocos. O plano previa a criação de seis resorts costeiros para proprietários de casas de férias e turistas (cinco na costa atlântica e um no Mediterrâneo), o mesmo, segundo o governo de Marrocos tem como objetivo criar uma série de albergues de qualidade respeitando os princípios do desenvolvimento sustentável. O plano também incluia outros projetos de desenvolvimento de grande escala, como a modernização dos aeroportos regionais e a construção de novas ligações ferroviárias e rodoviárias nacionais e internacionais. O plano fazia parte de um programa iniciado pelo Departamento de Turismo de Marrocos para superar deficiências quantitativas e qualitativas nas estruturas hoteleiras.[7]

Atrações turísticas

[editar | editar código-fonte]
A Cordilheira do Atlas.
Costa do Cabo Malabata em Tânger.
Madraça Bu Inania em Fez.
A praia de Kasbah em Agadir.
Ifrane, "a Suíça marroquina".
Turismo no Saara marroquino.

Os principais pontos de interesse turístico no país podem ser divididos em sete regiões:[8]

Embora Marrocos fosse no passado um protetorado francês, o turismo sempre concentrou-se em áreas urbanas, como nas cidades de Tânger e Casablanca. Nas décadas de 1970 e 1980, houve um período de desenvolvimento de resorts litoranêos em locais como Agadir, na costa do Atlântico.[14]

O litoral marroquino sempre foi muito procurado por turistas estrangeiros, porém o turismo está cada vez mais focado na cultura do Marrocos, como em suas cidades antigas. A indústria turística moderna tira proveito dos antigos sítios romanos e islâmicos do Marrocos e de suas paisagens históricas e culturais. 60% dos turistas de Marrocos visitam o país por conta de sua cultura e seus patrimônios.[14]

Agadir é uma importante cidade, sede de grotescos resorts costeiros; tem cerca de um terço de todos os hotéis marroquinos. É uma referência para excursões às Montanhas Atlas. Outros resorts no norte de Marrocos também são muito populares. Casablanca é o principal porto de cruzeiros de Marrocos e tem o mercado mais desenvolvido para turistas no país.[15]

Referências

  1. «The Most Visited Countries in Africa» 
  2. a b Bazza, Tarek (23 de janeiro de 2019). «Over 12 Million Tourists Visited Morocco in 2018, Up 8% from 2017». Morocco World News (em inglês). Consultado em 21 de março de 2019 
  3. Hudman, Lloyd E.; Jackson, Richard H. (2003). Geography of Travel & Tourism (em inglês). [S.l.]: Cengage Learning. ISBN 0766832562 
  4. «Tourism in Marrakech Breaks All Records in 2017». 2 de janeiro de 2018 
  5. «Inspiring a tourism revolution in Morocco». www.worldfinance.com (em inglês). Consultado em 21 de março de 2019 
  6. John Omer, A Guide to the Perfect Adventure.
  7. «Plan Azur». Ministério da Cultura; Departamento de Comunicações do Reino de Marrocos. Consultado em 22 de janeiro de 2021 
  8. Hudman, Lloyd E. (2002). Geography of Travel & Tourism. [S.l.]: Thomson Delmar Learning. 367 páginas. ISBN 0-7668-3256-2 
  9. Museyon (1 de junho de 2009). Film + Travel Asia, Oceania, Africa: Traveling the World Through Your Favorite Movies (em inglês). [S.l.]: Museyon. ISBN 9781938450341 
  10. «Mesquita de Haçane II». Wikipédia, a enciclopédia livre. 6 de agosto de 2020. Consultado em 23 de janeiro de 2021 
  11. Places, Pure Morocco. «Places in Morocco». Puremorocco Tours and Travel (em inglês). Consultado em 22 de abril de 2019 
  12. «You're Not a World Traveler Until You Visit these UNESCO sites». pastemagazine.com (em inglês). Consultado em 22 de novembro de 2017 
  13. Gilbert, Sarah (25 de julho de 2017). «Fez's medina gets new riads, restaurants and restored monuments». The Guardian (em inglês). ISSN 0261-3077. Consultado em 22 de novembro de 2017 
  14. a b Shackley, Myra (2006). Atlas of Travel And Tourism Development. [S.l.]: Butterworth-Heinemann. pp. 43–44. ISBN 0-7506-6348-0 
  15. The Middle East and North Africa 2003. [S.l.]: Europa Publications, Routledge. 2002. 863 páginas. ISBN 1-85743-132-4